quinta-feira, 3 de setembro de 2009

O "EU" no mundo Jonas Rafael Ludwig

Cada Ser Humano consciente necessita perceber que está num lugar, e isso é um das primeiras experiências que se tem, não há como negar, pode-se dizer que estamos no mundo (tudo que conhecemos) e no universo (tudo que existe, o conhecido e o desconhecido, ou seja, tudo que existe), estamos aí, e agora que consciência de nós temos, podemos ter a certeza de que não de pode viver um “puro eu”, se considerar sozinho sozinho no mundo, essa situação pode até ser pensada, mas na vivencia é preciso uma variedade de relações para que o “EU” se manifeste. Há alguma diferença entre o “EU” psicológico, ético e cosmológico.

O “EU” psicológico se manifesta num egocentrismo, tem-se um individuo egoísta, que age com interesse apenas para si, não se importa com o outro e prejudica o outro se for necessário, essa forma de ser “EU” tem seu principio na consciência e se manifesta ou pratica quando entram em questão idéias e coisas.

O “EU” ético, é um individualismo, uma relação de “pessoas”, em que deveria haver um próximo. Na verdade, na pratica de um individualismo ético, o outro envolvido se torna simplesmente num objeto, e conseqüente, pode ser manipulado. Acontece quanto todos os envolvidos são “objetos” de alguém, todos fazem atos para o interesse de um, e esse UM não tem preocupação com o destino dos “objetos”. O individual também age por puro interesse. Apesar de atualmente já não viver mais a condição de escravos, pois ao longo dos anos aconteceram muitos avanços, essa situação está começando novamente a se agravar, as pessoas em muitos lugares são alvo de puro interesse, e esse interesse nem é percebido, pois o interesseiro precisa no mínimo, fazer com que ninguém de seu interesse se descontente.

O “EU” cosmológico não pode ser considerado como um individualismo propriamente, pois cada um age, conhece, julga, utiliza e domina o planeta, ou além dele, de uma maneira. Toda pessoas de distingue de outra ao menos interiormente, e a presença do outro pode ser notado fisicamente. Deixamos de ser considerados Cosmologicamente quando morremos, e nesse momento esperamos que a religião na qual estamos inseridos, e onde depositamos confiança a vida toda nos salve, mas isso já é um questão metafísica, ou seja, além da física e não cosmologica.

Podemos dizer que hoje, acima de tudo é o “EU” que está sobressaindo em comparação ao “NÓS”. O “EU” cosmológico retrata apenas a realidade, e interfere pouco na nossa maneira de agir e de se relacionar. Já os outros “EUs” cada dia mais estão presentes, não sei se por necessidade, por interesse, ou por obrigação, mas que estão, estão. E até é bom muitas vezes para mim, agir de forma individual, mas ao mundo, aos outros Seres Humanos e à nossos descendentes também será?

Jonas Rafael Ludwig

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