quinta-feira, 3 de setembro de 2009

Grana, Você e... Jonas Rafael Ludwig

“Eu não posso fazer nada sem dinheiro”, essa é uma frase que muitas pessoas falam. Mas por que o dinheiro está tão cobiçado? Por que ele está provocando nessa última década especialmente, uma coisa tão fora daquilo que se poderia convencionar humano? E parece que o dinheiro está se tornando o bem supremo.

Às vezes acho, que devia ter sido maravilhosa aquela época, onde a maioria das atividades comerciais e de prestação de serviços era trocada por produtos, onde ao menos não se ficava rico num instante, e quando se ficava, mantinham-se ainda boas relações com as pessoas. Havia ainda uma grande confiança nas pessoas que estavam ao redor,confiança que hoje se perde muito facilmente, se desconfia (e até é preciso) até daquela pessoa que quer nos ajudar financeiramente.Diz-se que dinheiro é tudo, porque realmente poucas coisas que são importantes que se consegue sem esse meio, sobram àquelas coisinhas sentimentais que cada vez mais vão se perdendo.

Há aqueles que choram porque precisam “entregar” o imposto de renda, ai há outro que fala, “Ó coitadinho!”. Ao menos precisar entregar o imposto de renda é sinal de ter uma boa receita, o problema começa quando parte dessa verba é desviada antes de ser distribuído aos mais pobres, e aquela parcela que chega, não tem acompanhamento de pessoas especializadas para ser usado na melhora da qualidade de vida da população Com isso, acaba-se desperdiçando praticamente todo imposto, cuja finalidade é diminuir a diferença dos mais ricos para os mais pobres.

Outra coisa interessantíssima, e que pegar dinheiro publico não é crime sem perdão, o perdão está tão presente onde isso ocorre (especialmente lá na capital, me fugiu o nome do lugar especifico), que é uma pena ver pessoas não se perdoarem por coisas bem mais simples que ocorrem. Não é coisa política, uma intriga de oposição, acusar alguém de roubar o nosso dinheiro, essa intriga ocorre lá de vez em quando nos microfones e câmaras, mas na maior parte do tempo, ficam passando a mão na cabeça um do outro, como se comessem uma pizza onde todos passam a mão, e depois saem com a consciência tranqüila. Lembrando que governantes não chegam ao poder por geração espontânea, alguém os Põe ali, e somos nós, que muitas vezes nem sabemos em quem votamos na ultima eleição e se votamos usamos poucos critérios para ver qualidades e defeitos dos candidatos, falamos “Ele é da região”, “Ele fez aquela obra ai” mas a maior parte das coisas não sabemos sobre nosso eleito, as vezes nem sabemos se ele “entrou” ou não.E é assim, pessoas que ocupam altos cargos fazem essas coisas não éticas (graças a Deus, acredito que há muitos políticos bons, e em ética é difícil de falar, porque há tantas), como pessoas de destaque e sucesso, servem de modelo.

E mais, como parece inato (que já está em nós) quebrar qualquer preceito se for por dinheiro, às vezes de forma lícita, e se for preciso até de maneira ilícita, pessoas com altos cargos serão exemplos (como já explicitado), mas se são corruptos, provavelmente não terão uma geração mais responsável e comprometida com o bem geral. Somos impulsionados pelo ter e não perder, mostrar o poder, e não se sentir diminuído, que pena, nada se pode fazer. Já dizia o filosofo Maquiavel “é mais fácil esquecer a morte do pai, do que a dívida que alguém tem conosco”, avalie o valor do dinheiro e o efeito que ele está fazendo e vai fazer em Você, e veja até que ponto ele é bom e até qual ponto ele é ruim.

Jonas Rafael Ludwig

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