segunda-feira, 26 de outubro de 2009

Kierkegaard é a “tradução” das pessoas atuais? Jonas Rafael Ludwig

Kierkegaard é um estimado filósofo que viveu nos anos de 1813 a 1855, podemos concordar francamente, quando o mesmo fala que o homem está num contínuo processo de formação, que vão ocorrendo mudanças no ser humano, que ele nunca está acabado.Diante de uma pesquisa realizada entre adolescentes de 12-15 anos de determinado município bem desenvolvido, percebeu-se que são praticamente, três as atividades que mais chamam a atenção (que eles mais gostam de discutir), futebol, computador e sexualidade. Interessante que não gostam de falar de estudo, religião, projeto de vida. Conversando com outras pessoas, percebe-se que isso provavelmente irá mudar num estágio da vida. Kierkegaard classificaria isso como o Dom Juam, a pessoa que não tem compromissos, apenas quer curtir e sentir um prazer passageiro. Mas como a vida é existir, há um evoluir, se chega a um momento onde a pessoa começa a se preocupar com a formação de uma família, ter um trabalho digno, tornar-se ético frente a sociedade, assume-se compromissos, o exemplo seria o operário, nesse período as pessoas irão se voltar mais para o trabalho, família e sociedade. No terceiro estágio da vida, é a fase da religião. O ser humano chaga ao estágio definitivo da vida, já está totalmente definido sobre qual lado se posicionar na vida. O exemplo é o religioso. Esses, segundo Kierkegaard, seriam os estágios da vida.A filosofia de Kiergekaard é uma visão bem otimista da vida, da realidade, onde as pessoas que hoje não tem um determinado estilo de vida podem evoluir para melhor, ser uma dia pessoas exemplares. E também ele combate uma perspectiva, onde o filosofo Hegel afirma, que todos nós somos apenas seres inseridos na história, nada está fora da história e tudo é criado na história, tudo é imanente e nada é transcendente, uma visão bem pessimista.Mas o que é religião para o filosofo? Não é uma invocação apenas do Espírito Santo, como acontece muitas vezes nos shows religiosos. É preciso ver que religião é um culto que se presta à Deus, e não para nós, e nós precisamos ficar feliz, melhores sujeitos com isso, não podemos nos considerar como deuses, se for assim, cada um se cultivar, não é preciso ir a nenhuma celebração, se é simplesmente ateu, onde não se tem muita coisa a mais, além da elevação de si, ou seja, agora o “deus” que tudo posso, tudo quero, tudo faço sou eu. Mas a verdadeira religião acima de tudo, pode-se afirmar que religião é interioridade, é prestar culto a deus pai, filho e Espírito santo, é preciso haver algum sofrimento, doar-se (entrega), há pobreza, há sacrifícios, é preciso uma opção verdadeira, que é difícil de se tomar, e quando tomada, deve ser tomada por si, e não por influencia de alguém. Tomar a nossa decisão e assumirmos uma verdadeira religião de cultuarmos, e não sermos cultuados, e agradecer pelo bem que a religião faz.Jonas Rafael Ludwig

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