quarta-feira, 31 de março de 2010

Bauman

15 a pratica tipicamente moderna... é o esforço para exterminar a ambivalência: um esforço para definir com precisão- é suprimir ou eliminar tudo o que não poderia ser ou não fosse precisamente definido;

23 assim, a produção de refugo (e, conseqüentemente, a preocupação sobre o que fazer com ele) é tão moderna quanto a ordenação e classificação... são refugos porque desafiam a classificação e a arrumação da grade...ambivalência é o refugo da humanidade;

78 a instituição do estigma serve eminentemente à tarefa de imobilizar o estranho na\sua identidade de Outro excluído;

109 se tudo no mundo é um estranho, então ninguém é;

111 a irracionalidade é o refugo da indústria da racionalidade

Judeus alemães é o assunto dessas paginas

144 só raramente judeus alemães se dignavam a se misturar com refugiados ou imigrantes, e agiam por dever e não por autentica preocupação pelos necessitados irmãos judeus

182 o filho adotivo ouvia varias vezes de que era sortudo;

185 classificado sem um resíduo, o mundo vai se prostrar a espera de comando;

230 autonomia humana, coisa que não tem potencial tecnológico são retrogradas, são descartadas e condenadas. A essência de independência, auto-suficiência e imunidade moral está contida no lema comercial cada vez mais na moda= tudo o que você pode fazer, pode fazer melhor e é um crime não fazer o melhor que se pode;

Na maioria dos produtos ofertados, a oferta vem antes da demanda e a discussão técnica toma o lugar da demanda social 16

231 serviços especializados

O acesso da competência especializada aos mundos vivenciados pelos clientes ( a vice-versa) é mediado pelo mercado;. Os serviços especializados oferecidos diretamente ou embutidos em bens de consumo figuram no mundo moderno primariamente como mercadorias, ao mesmo tempo que servem às necessidades do consumidor, também trazem lucros para os agentes que os comerciam;

No geral uma pequena parte dos novos produtos captura a imaginação do consumidor num grau necessário para geração de um lucro substancial;

232 O mercado de consumo contemporâneo não ajusta o nível da oferta a demanda existente, mas visa à criação de uma nova demanda para atender ao potencial de oferta

Os consumidores potenciais desejarão pagar pelo produto se concordarem que tem uma necessidade que o produto promete satisfazer;

233 para adquirir utilidade, o produto deve primeiro receber uma “importância”- e isso significa que uma conexão deve ser construída com sucesso entre o produto e uma necessidade da qual o consumidor pode ou não estar consciente;

234 O valor de troca da competência especializada deve legitimar-se em termos do seu valor de uso. O valor de uso, por sua vez, deve-se referir às necessidades do consumidor individual;

277 a cobiçada liberdade do consumidor é, afinal, o direito de escolher, “por vontade própria”, um propósito e um estilo de vida que a mecânica supra-individual do mercado já definiu e determinou para o consumidor;

284-5 o socialismo obteve um êxito bem menor que as sociedades mercado, em esconder e dissipar os males socialmente produzidos. Não conseguiram sequer esconder que escondiam informação e assim foram acusados, como que de crimes políticos, do tipo de “ocultação” que as agencias de mercado da sociedade de consumo praticam (285) diariamente sem esforço e sem chamar atenção (e, muito menos, sem despertar o clamor popular);

290 há muitos consumidores frustrados, pequenos ou desqualificados que ainda tem que ganhar a liberdade que a sociedade de consumo oficialmente oferece; mas há também aspectos frágeis, desprezados e desamparados na vida de todos ( incluindo a dos consumidores pretensamente livres) ainda a serem protegidos pelo esforço comunitário;

296 é possível que o que testemunhamos tenha sido o colapso de um estado protetor- uma formação social;política;econômica singularmente inadequada para uma era denominada valores pós modernos da novidade, da mudança rápida ( de preferência inconseqüente e episódica), do desfrute individual e da opção de consumo. Em troca da promessa de provisão de segurança do individuo, o estado protetor exige que se abra mão do direito de escolha e autodeterminação

A restrição de liberdade (artística) vem do mercado (297) ...planejar, ao contrário do mercado, não é uma plácida vaca sagrada.

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